Cansei do quarto tão desarrumado,
Desse tempo e nosso falso caso.
Essa história que vem reprisada
E com final tão infeliz
Já larguei da espera desesperada
Por tuas curvas e por mais prazer,
Dos teus cabelos, tua pele e beijo,
Da tua voz, teu violão.
Olhos nos olhos, corpos e tesão.
O teu perigo é minha maldição
E se encera ao te encontrar
Na curva certa de algum lugar.
Tudo em você me inspira uma canção.
O teu remédio é minha maldição…
A mesma história que eu tento entender,
Já cansei, mas eu quero só você.
Cansei do sexo e das almas nuas,
Secretas juras feitas sem pudor,
Do teu veneno e dos teus seios,
Das duras coxas que só dão prazer
Nossas memórias, histórias cruzadas.
O rock, o reggae e aquele blues,
A roda e o samba que me faz tocar,
Pra tua voz, meu violão…
(um pouco mais antiga, talvez não tenha postado essa poesia por ser biográfica demais, por ser constrangedora até para mim. Hoje, já não me envergonho mais por tê-la feito.)
Lucas do Sobral e Mattos