Roubaste meu coração, Majestade.
Levaste a fonte de vida desse pobre plebeu
Que se perde em devaneios
Olhando teus olhos,
Teus cabelos, tua boca…
Rendido a teu encanto,
Segue teu rastro por todos os reinos,
Sorri ao ver tua imagem,
'Inda que de longe…
Mesmo que só por um instante.
Levaste o meu mundo, Divina Rosa.
Controla-me em tuas mãos.
Faz-me marionete do império,
Vassalo de tua vontade,
Súdito de tua grandeza.
Cego, cumpro teu desejo,
Pelejo por tua atenção...
Quem sabe um olhar?
De amor ou compaixão,
Não importo – desde que aqui me vejas.
Tomaste minh’ alma, Excelsa Dama.
Assim sigo devoto de tua vaidade.
Preso num corpo que não vê por onde anda.
Sou servo da mera utopia,
Sem face, ou sentido, sou treva.
Estremeço às últimas palavras.
Pois, o buraco em meu peito nada pulsa…
Só sente frio de teus seios afiados
Que me encerraram a alegria,
O tempo… a vida.
(Nessa vida, tudo tem sentido. Ainda que escrito no eu lírico... ainda que disperso e perdido em meio às estórias que criamos)
Gustavo HG Costa