São tantos
e passam pelas avenidas
sem dizer de onde vem...
Pra onde vão?
Seu sentido
conta,
aponta
a ponta da flecha
cravada em seu peito.
vem, vão...
percorrem toda a cidade,
mas não são meus
eu,
reles plebeu
rejeitado também nisso
ardo,
mas sem alguém
tal qual um triste trovador
encerrando pranto,
cala a voz
cessa a poesia
por não ter a quem falar
- nefasto sentimento -
deixo desaguar
meu sangramento
corre
de minhas veias
para fora
agora
sem fé
cega
seca
o coração.
Gustavo HG Costa.