Quando tudo parece calmo demais. É
aí que a vida nos dá solavancos que, por vezes nos faz pensar que não há como
resistir. Como se a quietude fosse o prelúdio de uma nova batalha, o princípio da
mais árdua guerra que já enfrentamos (até que venha a próxima).
E é nesse momento que deixamos
tudo que está em nossas mãos se despedaçar e as circunstâncias nos derrubam, como
se fossemos feitos de papel ou vidro. A maré aumenta e tenta nos afogar e as
forças parecem se esvair até que a alma fique vazia.
Nesse momento, tudo o que já
passamos parece menor… As dores, as derrotas, vitórias e curas somem de nossa
mente. As certezas são destruídas e a confiança dá sinais de que está a ruir.
Os obstáculos se tornam mais difíceis, as barreiras parecem muralhas
intransponíveis e, então percebemos que estamos perecendo lentamente,
torturados de maneira eficaz até que tudo que nos reste seja medo, incerteza e
a vasta escuridão mental.
Mas é também nesse momento onde
temos que tomar uma difícil decisão. Quando a vida nos derruba, o mar tenta nos
afogar e cada fôlego parece o último que seremos capazes de tomar; nós podemos
desistir e aceitar a falência ou nós podemos ajuntar os cacos de nós mesmos,
nos levantar e lutar.
Na maioria das vezes, o que nos
separa do objetivo é aceitarmos o fracasso e nos conformarmos com isso. Mas, do
pouco que sei sobre a arte do bem viver, posso dizer que sempre que alcançamos
o objetivo não o fazemos porque foi fácil, mas, conseguimos porque nos
recusamos totalmente a desistir.
Aprendi, com um jovem sábio, que
existem dois tipos de pessoas no mundo: Os ousados e o resto. Creio que o que
difere esses grupos é que somente os ousados alcançam a vitória. E o resto? Bem,
esses são os tolos que se recusaram a viver o melhor porque precisariam de se
doar e comprometer em alcançar seu objetivo.
Nada nessa vida vem facilmente.
Não existe almoço grátis (dizem os economistas), alguém tem que pagar por
aquilo. “Se você quer algo você tem que levantar, ir lá e pegar”, lutar pelo
que você tanto deseja. Ouse em se doar mais. Acredite que você pode e brigue,
use todas as tuas armas e seja maior que as muralhas.
Não pare e não se desculpe por fazer
algo pelo teu futuro… Não importa de onde você veio, ou o quão terríveis foram
as tuas experiências. Se o passado/presente não são o que você quis, é você
quem tem que levantar e "dar vida a teus sonhos". Alcance a grandeza que você
tanto quer… Se tudo parece ruim, faça melhorar e no final de tudo você poderá
dizer: Eu vim. Eu venci.
(Por vezes, o que escrevo lembra mais o meu ofício com o violão, banda e voz do que o que exerço com caneta e papel. Mas, de qualquer forma, essas são as palavras para hoje e falam tanto de mim que chega a ser quase biográfico)
Gustavo HG Costa.